02 maio 2011

Moda: 500 HAND Elite Collection

Uma exibição única criada nas lojas para apresentar e compreender a qualidade, a expertise e inovação da Manufactura Ermenegildo Zegna na sua arte de produzir fatos. Um processo verdadeiramente complexo e impressionante de manufactura que ganha vida de uma maneira simples e criativa nesta exibição.

Quando o fato chega a uma loja Zegna em Milão, Moscovo ou Mumbai, passou por mais de 500 mãos. Esta exposição vai levá-lo através desta viagem, começando pela requintada procura de fibras naturais até ao processo feito por um alfaiate Zegna. Tudo isto é demonstrado no interior das mais importantes lojas Zegna, de todo o mundo, através de um esquema escrito e claro fixado num acrílico que contem a representação de alguns dos elementos mais importantes.  

Deste modo acompanha-se o trabalho manual de Zegna desde que se procede ao corte da lã, à sua tecelagem, ao tingimento, quando se tricota, se passa, se corta, se costura, se passa novamente (e novamente), pegando-a com os espinhos da planta do cartão e se a examina com uma agulha muito fina para corrigir quaisquer pequenos problemas que de outro modo não seriam detectados. Deste modo compreende-se o processo em que a lã se torna em fios, para de seguida tornar-se um pano, num processo que demora aproximadamente sessenta dias de trabalho em que dúzias de diferentes mãos e máquinas e produzem os dois milhões de metros de tecido. Para além disso, esse pano já terá passado por uma jornada épica visto ser originário de uma ovelha de Newcastle de Nova Gales do Sul, Austrália, ou de uma cabra da Mongólia Interior ou ainda de uma vicunha dos Andes.

Mais especificamente, o que a exposição nos mostra consiste numa fibra branca que se transforma em fios coloridos, passando pelo processo em que as fibras são “penteadas” e novamente “penteadas” várias vezes de modo a se obter uma visão mais clara, mais uniforme das fibras. De seguida as máquinas giram a lã e os trabalhadores remetem-nas para uns caixotes de madeira com estilo old-fashion. Homens e mulheres, que possuem o título medieval de “mestres tintureiros” supervisionam a mistura de cores e o derramamento dos corantes em grandes máquinas de aço inoxidável onde os fios esperam na parte inferior. Quanto maior for a qualidade do fio mais leve será a cor da tintura – a melhor lã necessita apenas de uma coloração delicada, ou seja de uma tinta não agressiva. De seguida os trabalhadores tingem os fios numa máquina que os mantém como uma teia de aranha gigante sobre as suas cabeças, e gira-os em grandes cilindros, para criar a trama do tecido.

Linhas de teares tecem os fios. É como se mil costureiras invisíveis estivessem a usar as suas agulhas no meio de um barulho ensurdecedor, e na verdade isso não está muito longe da verdade: não existe nenhum método automático para configurar o tear. Alguém tem de posicionar cada um dos seis mil nós na trave que produz a trama. O tecido começa a surgir agora: uma sobreposição de listas e xadrezes avivam o fundo convencional do castanho e cinza que se utilizarão nos fatos de homem. Enormes rolos de tecido, com o nome Zegna na orla, a borda do material, estão agora prontos para o acabamento.

Em Trivero, Piemonte, a Zegna transforma a lã em tecido e depois envia para a fábrica artesanal de fatos em Stabio, no lado suíço da fronteira italiana, onde o mesmo tecido se torna num fato. O que se pode considerar como um processo simples é de facto bastante complexo, e o que se considera trabalho de máquinas é na verdade produzido por pessoas quando se trata de trabalhos de alto nível. A melhor maneira de fazer um fato é encaixando-o a partir de pequenas peças. Um fato Zegna consiste em cem peças – o forro por si só são doze. A casa para o botão leva uma eternidade de corte e fecho cuidado. Nenhuma máquina consegue fazê-lo melhor que uma pessoa. Este processo pode ser parcialmente visualizado pelo vestuário semi-feito, num modelo na loja durante a exposição, onde certos detalhes, tais como o preenchimento da costura e sua construção são distintos. A arte do mestre alfaiate mostra o resto.

A exposição “500 mãos” viaja agora pelas várias lojas Zegna de todo o mundo de modo a comunicar os valores e tradições da marca em todos os aspectos da produção dos fatos mais procurados do mundo. 

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