"A música de Jóhannsson é um conjunto de (…) delicadas miniaturas, cujas variações são surpreendemente complexas e descendentes, apesar das suas melodias simples… O seu uso preciso da metáfora, o seu equilíbrio excepcional (digital/analógico, severo/suave, violento/terno, etc.) e os seus leitmotivs expressivos desvendam uma profunda tristeza sem nunca sucumbir no pathos."
Jim Haynes (The Wire)
Apesar da grandiosidade da armada de músicos islandeses que navega por mares internacionais, há sempre pequenas embarcações lideradas por timoneiros destemidos que escondem o verdadeiro tesouro. Jóhann Jóhannsson tem sido uma dessas relegadas figuras da história, apesar de ser um dos mais importantes elos de solidificação da cena experimental de Reiquiavique durante os últimos anos ao ter sido um dos impulsionadores da Kitchen Motors, uma espécie de acelerador de criatividade que motivou muitos nomes correntes que hoje conhecemos a desenvolverem e exporem as suas ideias através de concertos, expos, filmes ou livros. Esse confronto foi, naturalmente, benéfico para o próprio Jóhannsson, que na última década se aplicou em múltiplas colaborações e plataformas de criação. Uma abertura de espírito que se tem manifestado amplamente em quase todos os seus discos, quer seja através das encomendas de bandas sonoras, que r através dos seus álbuns, onde elabora impressionantes enredos para servirem a sua música. A polarização entre o academismo formal das orquestrações e o gosto pelo risco tem feito com que a sua música seja única, perdida entre um encanto fantasmagórico intemporal e uma modernidade ainda por catalogar, apreciada pela sua beleza universal e arrojo das suas formas.
terça 28 Setembro 22h00
Sala principal
M/6
12€ / <30 anos 6€
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