23 março 2010

Música: Amália Hoje no Casino de Lisboa

O tempo é veloz. Por isso, é já no próximo dia 19 de Abril que o Casino Lisboa comemora o 4º aniversário. E fá-lo, como tem acontecido desde a sua inauguração, em ambiente de festa. Uma festa diferente todos os anos. E, desta vez, aniversário significa um concerto único no espaço do Arena Lounge com “Amália Hoje”, um projecto original.

Em palco os Hoje, Sónia Tavares, Fernando Ribeiro, Paulo Praça e Nuno Gonçalves, tocam ao vivo as canções do disco Amália Hoje. Em palco não prometem xailes negros nem guitarras Portuguesas. Haverá espaço, sim, para uma Guitarra eléctrica Portuguesa, uma Bateria Portuguesa, e uma dezena de músicos que representam, de alguma forma, a nova maneira de cantar a pop em Portugal. Em palco não se canta Fados. Cantam-se canções pop que sempre mereceram mais espaço, mais cor e mais pop. Em palco haverá uma coisa apenas: alegria. Alegria por encerrar com chave de ouro um projecto que Nuno Gonçalves, que o imaginou, sempre quis viver de verdade – “ Gostamos de verdade destas canções, rimos, choramos, rasgamos a pele por elas. O palco é verdade absoluta. O palco é presente. Hoje o palco é nosso. O palco é vosso, se quiserem, uma vez mais, do povo”.

Para Nuno Gonçalves, criador do projecto, que assina os arranjos musicais e participa no concerto como teclista “ Dia atrás de dia percebíamos que “Amália Hoje” era ainda mais conhecida, divulgada, re-ouvida, descoberta. Entendíamos, dia atrás dia, que a nossa missão de relembrar Amália a novas gerações, e não só, estava a ter resultados. Dia atrás de dia, nas entrevistas, sempre o dissémos – Este é um disco, tal como era Amália, sem intermediários, realizado e difundido directamente ao público. Pelo meio não houve unanimidade de crítica. Ainda bem. Amália também não a tinha. Pelo meio houve a sensação diária que o disco estava na casa, no carro, nos caminhos ao trabalho, nas vidas das pessoas. Pelo meio houve a sensação que o disco Amália Hoje não podia morrer nas prateleiras das lojas e, muito menos, nas casas das pessoas que o viviam todos os dias... Pelo meio, entendemos que o disco era das pessoas. Hoje damos continuidade ao disco. Queremos em palco agradecer às pessoas, aquelas que directamente, e tal como sempre acreditámos, responderam “Sim” à ideia de recriar Amália pop. Hoje os palcos vão dizer obrigado. Nós, no final de cada concerto, limitamo-nos a fazer uma humilde vénia ao público. Pelo público, ou se quiserem, pelo povo...”

É este o perfil de um espectáculo, com entrada livre, que vai esgotar, decerto, o Arena Lounge do Casino Lisboa, no dia em que celebra quatro anos de sucessivos êxitos.

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