O Homem mudou e mudou o mundo, transformando-o numa “Aldeia global”.
Sendo simultaneamente o agente e o sujeito de mudança, ele é também o criador e a criação. Toda a acção exercida pelo homem tem impacto sobre si mesmo. Na sua acção criadora sobretudo no domínio da tecnologia o homem desencadeou forças que não domina, gerando reacções em cadeia.
O lado bom e o lado mau dos efeitos da tecnologia são difíceis de separar, pois são a frente e o verso da mesma moeda, e uma não existe sem o outro.
Nunca a humanidade teve ao seu dispor tantos meios nem nunca enfrentou tantos desafios de identidade. Os meios tecnológicos que propiciam libertação mas ao mesmo tempo criam barreiras que nos vão afastando fisicamente. Sendo a comunicação omnipresente, nunca a solidão esteve tão presente e nunca o homem esteve tão alheio ao seu semelhante.
Paradoxalmente, comunicamos mais e mais facilmente através destes canais do que pelo contacto humano directo, o que faz com que criemos relações que são irreais ou quase que absurdas, só possíveis num mundo virtual onde as possibilidades são quase infinitas.
Depois de estarmos inseridos neste mundo, onde a realidade passa facilmente a realidade virtual, criamos o risco de gerar confusão entre o mundo real e as personagens virtuais, o perigo de se passar a agir no mundo real como se estivéssemos numa realidade virtual.
Hoje vivemos fechados em nós mesmos embora em constante comunicação com o mundo… nunca os homens se sentiram tão sós.
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