Um programa dedicado a três compositores, Haydn, Mendelssohn e Martinu, distantes no tempo e no estilo, mas que coincidem, em 2009, as suas efemérides, é a sugestão da Orquestra Metropolitana de Lisboa para o concerto de dia 4 de Dezembro, às 21h30, no Museu do Oriente.
No espectáculo evocam-se as três grandes figuras da cultura e das artes através de obras caracterizadoras dos seus estilos. Em Mar Calmo e Viagem Próspera, Mendelssohn recria-se, por entre os versos de Goethe, para retratar musicalmente uma travessia marítima. Nas Noites Mágicas, de Martinu, a voz de soprano imerge num universo impressionista com recurso a três versos de poetas chineses. Já na Sinfonia N.º 103, o inesperado protagonismo que os tímpanos assumem, no início, fá-la ser conhecida pel’O Rufo do Tímpano, considerada uma das mais belas sinfonias de Haydn.
O compositor austríaco Joseph Haydn foi um dos primeiros cujo legado artístico manteve viva a presença nas salas de concerto. Por sua vez, Mendelssohn será o compositor romântico, da primeira metade de oitocentos, cuja música é mais consensualmente apreciada, merecendo, desde há duzentos anos, o reconhecimento generalizado dos melómanos.
Ao invés, Bohuslav Martinu é um dos compositores do século XX que têm sido injustamente relegados para um segundo plano da História da Música. Foi, todavia, um compositor que, sem prejuízo de uma genuína criatividade, soube fundir nas suas obras uma grande erudição, denotando profundo conhecimento da música de Bach e Mozart.
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