17 maio 2010

Cultura: Mafra Património Mundial da UNESCO

A candidatura do Palácio, Convento e Tapada Nacional de Mafra a Património Mundial da UNESCO será coordenada por uma comissão encarregada de elaborar e apresentar, até ao próximo ano, o dossiê de candidatura.

Tendo por objectivo mobilizar competências, saberes e meios com vista à formalização da candidatura, esta unidade de missão, cuja criação acaba de ser formalizada, integra representantes das várias entidades com responsabilidades na gestão do conjunto formado pelo Palácio, Convento e Tapada Nacional de Mafra.

Para além da autarquia de Mafra, são signatários da constituição desta comissão os ministérios da Cultura, Defesa Nacional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, o Patriarcado de Lisboa e a Associação Turismo de Lisboa.

A candidatura deste conjunto a Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) permitirá projectar a visibilidade internacional da riqueza e da diversidade da oferta turística local, regional e nacional.

Revela-se, igualmente, como uma mais-valia de enorme importância, porquanto constitui um estímulo para a requalificação do património e recuperação da sua envolvente, um processo já em curso em Mafra. Factor de dinamização da Economia e do desenvolvimento, os seus reflexos são transversais às mais diversas áreas de actividade.

O Real Edifício de Mafra e a Tapada constituem um dos elos evocativos do pensamento urbanístico, arquitectónico e natural da civilização ocidental quer enquanto unidade - palácio, basílica, panteão, convento, colégio universitário, hospital monástico, jardim e tapada -, quer também pelos equipamentos de prestígio que possui, como os carrilhões, os órgãos, a biblioteca e a estatuária, entre outros.

No conjunto, o Palácio, o Convento e a Tapada recebem, todos os anos, 500 mil visitantes, muitos dos quais estrangeiros.

Ocupando uma área equivalente a quatro campos de futebol, o Palácio de Mafra é dos expoentes máximos da Arte Barroca em Portugal. Mandado construir em 1717 por D. João V com o ouro proveniente do Brasil, foi concluído em 1750.

Imponente na beleza e na dimensão, os números associados a este monumento são, deveras, impressionantes.

Eis alguns exemplos:
- Mais de 50 mil pessoas trabalharam na sua construção
- Possui mais de 4.500 portas e janelas
- 1.200 divisões
- 157 escadarias
- Biblioteca com 40 mil volumes, alguns dos quais exemplares únicos ou raros
-Tem uma enfermaria que data do século XVIII

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