O artista plástico Miguel Palma expõe, no espaço BES Arte & Finança, em Lisboa, a partir de quarta-feira, a instalação “Osmosis”, uma das suas últimas criações com uma nova forma de observar a tecnologia e a ligação entre os seres vivos. A inauguração acontece às 19h30.
Desenvolvida para o Bloomberg Space, em Londres, onde esteve exposta em Março deste ano, a peça de Miguel Palma é composta por três aquários ligados entre si, num conjunto de elevada complexidade tecnológica. Um aquário tem água doce, outro tem água salgada, e ambos têm um peixe de diferentes habitats.
O terceiro aquário faz a filtragem de água entre eles, transformando água doce em água salgada, e vice-versa, através de um sistema de osmose, que dá, aliás, mote ao nome da instalação: “Osmosis”.
“Estes dois peixes vivem na mesma água e há, através da ciência, toda uma parafernália de ligações que mantém as suas vidas em equilíbrio”, explica o artista, que já expôs em algumas das salas mais prestigiadas de Portugal como Culturgest, Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Berardo ou Museu de Serralves, bem como em grandes cidades europeias.
A transformação de água do mar em água potável e a criação de um espaço definido onde existe um equilíbrio foram dois dos factores que motivaram a peça, agora em exposição no BES Arte & Finança e patente até 20 de Novembro. Miguel Palma é um artista português, nascido em 1963, que recorrendo à escultura, à transformação de materiais e a outras técnicas, tem vindo a enriquecer a arte como modo de questionamento social e político da realidade contemporânea.
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