Como é que uma banda consegue sobreviver à expectativa acumulada durante sete anos de silêncio discográfico e sair, ao fundo do túnel, intocada e, sobretudo, revigorada? Não há por aí muitos músicos que possam responder a esta pergunta, mas os ANATHEMA são um daqueles casos, cada vez mais raros, de artistas que fazem aquilo que fazem porque sentem, lá dentro, uma vontade imensa de o fazer. Precisam de fazê-lo e fazem-no com uma dose de paixão que se torna irresistível, misto de teimosia e vontade de criar apenas pelo prazer que a criação dá. Arredada do estúdio, mas não dos palcos, durante sete anos, o grupo de Liverpool protagonizou o regresso mais bem conseguido da primeira metade de 2010 e, a 2 e 3 de Novembro, vai mostrar pela primeira vez a novidade «We're Here Because We're Here» em solo nacional. Uma força renovada e uma relação muito especial com o público português fazem prever actuações memoráveis em Lisboa, no Teatro Tivoli, e no Porto, no Hard Club.
“A espera foi penosa, mas valeu a pena!” – deve ter sido este o pensamento que passou pela cabeça de muitos fãs dos ANATHEMA quando ouviram pela primeira vez um disco que dificilmente poderia igualar as expectativas. Os irmãos Cavanagh e companhia fizeram-no, mais uma vez. Com a ajuda de Steven Wilson, dos Porcupine Tree, o sexteto incorporou uma vertente um pouco mais progressiva e, apoiando-se no que de melhor foi fazendo ao longo de uma busca incessante pela sua expressão própria, deu mais um confiante passo em frente. Em 2010, os ANATHEMA já não se coíbem de deixar de lado a sua vertente mais atmosférica para se expressarem de forma mais dissonante, mas não menos emotiva, e «We’re Here Because We’re Here» afirma-se como a realização de tudo aquilo que começaram a almejar com o lançamento de «Eternity». São todos os elementos que caracterizaram o grupo ao longo dos anos, mas expandidos e servidos de uma forma ainda mais progressiva e dinâmica. São as atmosferas Pink Floydescas, os ambientes que os aproximam dos Radiohead, a melancolia tipicamente british e aquele intimismo quasi shoegaze que lhes fica tão bem.
2 de Novembro - Teatro Tivoli
3 de Novembro - Hard Club
Abertura de Portas - 20h00
Inicio do Espectáculo - 21H00
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