Com A Escrava de Córdova, publicado em 2008, Alberto S. Santos saiu do anonimato enquanto escritor e atingiu um patamar de grande sucesso,
comprovado pelos mais de 15 mil livros vendidos, um valor notável para uma primeira obra de um autor português. Dois anos depois, a 11 de Novembro, a Porto Editora publica A Profecia de Istambul, o segundo romance do escritor.
Se do primeiro livro se podia dizer que a forma como o rigor histórico (que resulta em verdadeiros momentos de aprendizagem por parte do leitor) se fundia com um enredo cativante e cheio de ritmo era o grande trunfo, desta nova obra espera-se uma leitura ainda mais entusiasmante.
Depois de no lançamento de A Escrava de Córdova, no Salão Árabe do Palácio da Bolsa, no Porto, terem estado presentes mais de quinhentas pessoas, a expectativa para o evento de apresentação de A Profecia de Istambul é muito elevada. A Porto Editora está a preparar uma grande operação em conjunto com o El Corte Inglés Gaia-Porto e em breve anunciará mais detalhes. Adiante-se, no entanto, que o livro será apresentado por Francisco José Viegas.
Alberto S. Santos foi, aliás, um autor muito solicitado para apresentações de A Escrava de Córdova. No total, foram mais de cem; visitou escolas, universidades, bibliotecas e, claro está, livrarias. Esteve na Madeira, nos Açores e também em Espanha, onde o livro já se encontra publicado. O seu primeiro romance foi um dos maiores sucessos das últimas feiras do livro de Lisboa e Porto, mesmo tendo sido publicado em 2008. No último dia do certame do Porto, o autor assinou – e o número é significativo – perto de cem livros.
A Profecia de Istambul também vai ser apresentado em digressão nacional nas livrarias Bertrand e o autor vai estar em França no início do próximo ano, no Consulado de Portugal em Paris, para dar a conhecer a obra à enorme comunidade lusa.
De Júlio Maresia a autor reconhecido
Só depois de contactar Júlio Maresia, autor de um original recebido semanas antes, é que a Porto Editora ficou a saber que esse nome era, afinal, pseudónimo de Alberto S. Santos, Presidente da Câmara Municipal de Penafiel.
Mais de dois anos depois, o pseudónimo faz parte do passado e Alberto S. Santos é um nome reconhecido, cuja obra começa a suscitar grande interesse no estrangeiro.
A Profecia de Istambul
Apenas um pequeno grupo de iluminados conhece o inquietante mistério associado à Lança do Destino que, em silêncio, atravessa séculos e milénios. As cidades de Istambul, Argel e Salónica do século XVI são o exótico cenário da luta entre o Bem e o Mal, onde nasce uma terrível profecia que ameaça o futuro da Humanidade.
A Profecia de Istambul é um empolgante romance que traz à cena os prodigiosos seres que transformaram a bacia do Mediterrâneo num fervente caldeirão cultural durante o Século de Ouro. Num tempo em que mudar de religião pode significar a ascensão social ou a fogueira da Inquisição, muitos são os homens e as mulheres permanentemente confrontados com as mais duras penas, e com a sua própria consciência, para que tomem a decisão das suas vidas.
Pelo meio de corsários, cativos, renegados, conquistadores e judeus fugidos dos estados ibéricos, entre um inviolável pacto e um perturbante mistério, emerge uma fascinante história de amor, que irá colocar à prova os valores mais profundos de um ser humano.
A Escrava de Córdova
A acção decorre na passagem do século X para o XI, época de grandes tensões na Península Ibérica, e segue a vida de Ouroana, uma jovem nobre cristã, filha do Conde Múnio Viegas, primeiro Governador de Anégia e fundador da família dos Ribadouro. Remonta a uma época especial da História peninsular, a da fragilidade dos Reinos Cristãos e do tempo áureo do Califado Omíada sedeado em Córdova, onde governava (em nome do Califa) o seu chefe militar e civil mais conhecido: Almançor.
A Escrava de Córdova dá a conhecer o ângulo mais brilhante, mastambém o mais duro e cruel, da civilização muçulmana do al-Andalus. A narrativa é apaixonante e revela a mentalidade, a geografia, o quotidiano urbano, as concepções religiosas, a fremente História do dobrar do primeiro milénio, mas, sobretudo, a intensidade com que se vivia na terra onde, mais tarde, nasceram Espanha e Portugal. Uma explicação rigorosa para a mescla cultural e civilizacional celto-muçulmano dos actuais povos peninsulares, mas também uma profunda lição sobre as origens, fundamentos e consequências da conflituosidade étnico-religiosa que hoje, tal como no distante ano 1000, ainda grassa no mundo.
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