Para nos dar um retrato de Portugal nos meses que antecederam a República, e com base no ensaio do historiador Joaquim Fernandes sobre a leitura da imprensa portuguesa de 1910 acerca do fenómeno da passagem do cometa Halley, foi desenvolvido um projecto onde acompanhamos a vida de um jornalista do Diário de Notícias.
A passagem do cometa perturbou a sociedade portuguesa e tornou-se durante meses no grande acontecimento nacional. O protagonista acompanha e relata o fenómeno a partir da sua vivência em Lisboa, onde habita uma pensão (microcosmos social); das suas deambulações pela província; dos seus contactos com a Carbonária.
Das suas incursões nos teatros e cafés da capital ficamos com um retrato de época de uma sociedade em efervescência que antecede a revolta uns meses depois. Uma produção HOP, com realização de Henrique Oliveira.
A NOITE DO FIM DO MUNDO
Maio de 1910. Portugal está em sobressalto político pela eminente Implantação da República.
Cientistas e astrónomos de todo o Mundo anunciam que a Terra poderá colidir com a cauda do Cometa Halley na noite de 18 de Maio de 1910, noite essa a que muitos já chamam de “A Noite do Fim do Mundo”.
É este facto que leva David Pereira, o jovem correspondente do Diário de Notícias em Mirandela, a ser convidado para trabalhar na redacção do jornal em Lisboa, para aí elaborar artigos sobre os 15 dias que antecedem a fatídica e anunciada colisão.
Ao chegar à Capital, David apaixona-se por Leonor Castilho, uma cantora do teatro de revista, que mantém uma relação secreta com o Ministro do Reino.
Ao mesmo tempo, a Carbonária reúne secretamente e elabora um plano de atentado ao Ministro.
É neste contexto social e político que se vão desenvolver e cruzar as várias histórias desta série, tendo como pano de fundo a aproximação da República e de A NOITE DO FIM DO MUNDO.
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