Rio Homem, o primeiro romance do conhecido actor português, resulta de uma investigação de dez anos e estará nas livrarias a partir de 12 de Outubro. Cruza de forma admirável a história de um foragido da Guerra Civil de Espanha perdido em Portugal e a da aldeia comunitária que o acolheu. A obra será editada pela ASA sob a responsabilidade da editora Maria do Rosário Pedreira.
Sobre o livro:
Em plena Guerra Civil de Espanha, Rogelio – um jovem galego de ideais republicanos – e alguns dos seus companheiros de guerrilha entram em Portugal clandestinamente com o propósito de apanhar, na cidade do Porto, um navio que os leve aos Estados Unidos e os liberte para sempre da ameaça do fuzilamento e da prisão.
Porém, no momento em que Rogelio se afasta do grupo para testar a segurança da próxima etapa da viagem, desconhece que virou do avesso o próprio destino: doravante completamente só num país que desconhece, o jovem sofrerá uma experiência pró-xima da morte que, paradoxalmente, o fará renascer como homem no seio de uma comunidade algo visionária, visitada e admirada por grandes intelec-tuais – a aldeia de Vilarinho da Furna. Aí encontrará o amor, de muitas maneiras.
Exaustivamente investigado, narrado com mestria e beleza e com uma galeria de personagens admiráveis (entre as quais não podemos deixar de reconhecer, por exemplo, Miguel Torga), Rio Homem cruza duas histórias magistrais – a de um refugiado que perdeu todas as suas referências e a da aldeia comunitária que o acolheu e que hoje jaz submersa na albufeira de uma barragem.
Resumo bem feito de Rui Costa: falta acrescentar que este romance, muito bem escrito, chama a atenção para a defesa do património: o salazarismo enterrou Vilarinho de uma forma criminosa e irresponsável, não deixem o socratismo fazer o mesmo à linha do Tua e ao rio Sabor.
ResponderEliminarParabéns, Luís