No quadro da Candidatura do Fado à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade a RTP e a EGEAC/Museu do Fado apresentam a série “Trovas Antigas, Saudade Louca – Histórias do Fado contadas por Carlos do Carmo”, o primeiro documentário audiovisual sobre a história e o património do fado.
“Trovas Antigas, Saudade Louca” percorre, em 6 episódios, que estreiam hoje dia 24, os universos temáticos da história do Fado, desde as Raízes, os Lugares, os Fados e Fadistas e os Poetas às Guitarras e aos percursos mais recentes em Peregrinações.
Preconizando a ligação de cada tema/episódio a um verso de um fado característico do repertório de Carlos do Carmo, a série apresenta no conjunto dos seis programas, uma perspectiva inédita da dimensão histórica do universo do Fado através do cruzamento das memórias de aproximadamente 100 anos de Fado, com as fontes e os resultados de recentes trabalhos de investigação.
Pela primeira vez na hist&oacut e;ria da televisão e pela voz de Carlos do Carmo, esta série preconiza um conjunto de travessias temáticas pelo universo do Fado, reconstruindo, no conjunto dos seis episódios, a dimensão histórica deste fenómeno musical vivo, complexo e plural, cujo percurso se desenhou em diálogo permanente com a cidade que o viu nascer.
Desde meados do século XX, a história do Fado tem correspondido a um trajecto de consagração, perspectivada nacional e internacionalmente: integrando gradualmente a programação das mais prestigiadas salas de espectáculo, o Fado conquistou adeptos nos quatro cantos do mundo, à medida que os seus artistas mais emblemáticos se transformaram em verdadeiros ícones da cultura portuguesa.
Resgatando definitivamente para os seus palcos a produção literária mais erudita, o Fado afirmar-se-ia ainda, a partir da década de 80, nos circuitos da World Music, enquanto género musical representativo da identidade nacional, motivo preferencial na representação da portugalidade.
Herdeiro desta dimensão temporal, o Fado continua a construir-se nos alvores do século XXI e os protagonistas deste universo – intérpretes, músicos, compositores e poetas – continuam a reivindicá-lo com a mesma paixão.
Actualmente, prepara-se o seu reconhecimento, pela UNESCO, como património cultural imaterial da Humanidade, promovendo-se o seu estudo enquanto prática cultural vivida quotidianamen te e a sua salvaguarda enquanto património intangível nacional e internacionalmente relevante.
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