Quando, no séc. XVIII, Jonathan Swift escreveu "As Viagens de Gulliver", o mundo ainda não tinha sido todo explorado e por isso não era muito difícil imaginar que pudesse realmente existir, para lá do oceano, uma terra chamada Liliputh onde todos os habitantes fossem minúsculos. Mas como seria possível apresentar Liliputh às audiências modernas? Em que ponto do planeta seria possível localizá-la? Esta foi uma das primeiras questões que preocupou os criadores desta nova versão - adaptada ao séc. XXI - de "As Viagens de Gulliver".
Protagonizado pelo irreverente Jack Black ("O Panda do Kung Fu", "Escola de Rock"), Gulliver, um zé-ninguém que trabalha na sala do correio de um jornal nova-iorquino, acaba por conseguir, quase por acaso, um trabalho como escritor para a secção de viagens do jornal. Para o seu primeiro artigo, terá de viajar até ao Triângulo das Bermudas desmistificando assim o local conhecido pelo desaparecimento misterioso de numerosos barcos e aviões. Mas o que Gulliver vai descobrir não é que os relatos são infundados, mas sim que aquela região é uma espécie de portal para um mundo paralelo onde os humanos não medem mais que 8 centímetros. E se na terra dos cegos quem tem um olho é rei, na terra dos Liliputianos, quem mede mais de 1,60m acaba, mais cedo ou mais tarde, por adquirir um estatuto semelhante.
Se em Nova Iorque Gulliver se sentia muito pequeno e sonhava fazer coisas grandes sem nunca ter coragem para as iniciar, em Liliputh sente-se um gigante capaz de tudo. No entanto, em breve irá perceber que a única grandeza que conta é a interior e que o seu tamanho real não é importante. Até lá, as peripécias hilariantes multiplicam-se à medida que Gulliver transforma Liliputh numa cidade moderna à imagem de Nova Iorque e encena uma peça que conta a muito exagerada e inventada história da sua vida com um enredo bastante semelhante ao de filmes como "A Guerra das Estrelas" ou "Titanic".
Para este filme, foi utilizada pela primeira vez a inovadora câmara conhecida como DualMoCo ("MoCo" quer dizer controlo de movimento) que permite filmar ao mesmo tempo as imagens do gigante Gulliver e dos minúsculos Liliputianos, apesar das suas diferenças de altura e apesar de estarem em cenários diferentes - mas frente a frente - com um fundo verde por trás. Desta forma, os actores puderam verdadeiramente responder às deixas uns dos outros, algo essencial para fazer com que uma comédia resulte.
"As Viagens de Gulliver" é um filme divertidíssimo, para toda a família, que não vai querer perder!
Nos Cinemas a 20 de Janeiro!
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